O Fórum de Mulheres Jornalistas para a Igualdade de Género realizou, recentemente, um debate radiofónico, na rádio Eclésia, sobre a “participação da mulher na vida política”. O mesmo contou com convidadas representantes de partidos políticos com assento parlamentar.
Participaram do programa de rádio Teresa Vanda e Joana Quintas, da Organização da Mulher Angolana (O.M.A), Anita Filipe da Liga da Mulher Angolana (LIMA), e Anatilde Freire da Mulher Patriótica, organização feminina da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE).
Na sua declaração, Joana Quintas, da O.M.A, referiu que têm sensibilizado as mulheres para que elas possam integrar-se e estejam enquadradas nas organizações políticas, para o efeito, no caso concreto para aderir a Organização da Mulher Angolana. “Para participarmos activamente temos que estar enquadradas nas associações ou numa organização política”.
Sobre a participação das mulheres nas estruturas de topo do MPLA, Joana Quintas frisou que “ainda não é o esperado” mas que já se faz sentir no seio do MPLA. “Só para dar um exemplo, agora, no âmbito do alargamento do nosso Comité Central entraram 130 novos membros dos quais 30% são mulheres, o que quer dizer que o MPLA está num bom caminho”.
Teresa Vanda, também da O.M.A foi enfática e afirmou que hoje os homens já conseguem compreender o papel determinante que as mulheres têm na sociedade. “Sem a OMA não sei o que seria o MPLA!”, realçou.
Já Anita Filipe falou sobre a participação da mulher da LIMA na vida pública, de forma activa embora tenha lamentado que as mulheres, de forma geral, não estavam habituadas a participarem na vida política. “É preciso participar numa organização política para que a mulher possa ascender aos lugares de tomada de decisões”.
“A questão da equidade de género é uma questão de consciência e mentalidade, para que a mulher ascenda é necessário que a própria mulher entenda o seu papel”, acrescentou.
Anatilde Freire da Mulher Patriótica, Organização feminina da Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), frisou que os processos económicos, políticos, sociais e culturais dependem da participação activa do cidadão. Na mesma senda, destacou que as mulheres nas zonas urbanas têm mais oportunidades de maior participação e realçou o impacto que os factores culturais têm na abordagem desta questão.